Michele Collins repercute reunião da Comissão de Direitos Humanos - Michele Collins

Michele Collins repercute reunião da Comissão de Direitos Humanos

Repercutir um debate promovido na última segunda-feira (4), por meio de videoconferência, pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara do Recife. Foi esse o objetivo de um discurso proferido nesta terça-feira (5), pela vereadora  Missionária Michele Collins(PP), durante a reunião extraordinária da Casa – também realizada de forma virtual. A parlamentar, que preside a Comissão, destacou dois temas discutidos no encontro: a situação de indígenas venezuelanos e de idosos em situação de rua durante a pandemia de covid-19.

Além de Michele Collins, a reunião contou com o vereador Ivan Moraes (PSOL) e com representantes das defensorias públicas da União e do Estado, do Ministério Público de Pernambuco, da Ordem dos Advogados do Brasil, e das áreas de Direitos Humanos, de Assistência Social e de Saúde da Prefeitura do Recife.

A respeito da população indígena venezuelana que migrou para o Recife em meses recentes, a vereadora disse ter discutido um caso específico que motivou uma atenção maior a esse grupo, que conta atualmente com 178 indivíduos. “Tratamos da questão de um indígena do povo Warao, um senhor que na semana passada veio a óbito devido à covid-19. Isso levantou uma grande discussão e já tomamos providências junto ao poder público para que eles recebessem visitas da Secretaria de Saúde. Estão recebendo vacinas de H1N1 e cuidados de alimentação. A intervenção da Câmara ontem foi muito importante”.

A respeito dos idosos em situação de rua, Michele Collins revelou ter saído da reunião com uma novidade positiva. “Tomamos conhecimento, ontem, de que vai ser aberto, com recursos do Fundo Municipal do Idoso, um abrigo em que serão colocados 30 idosos durante esse período de pandemia. Sabemos que eles são mais propensos [à infecção por covid-19]”.

Atendimento humanizado – Outro assunto abordado pela vereadora foi a necessidade de humanizar o atendimento à famílias de pessoas infectadas por covid-19 e melhorar a entrega de informações sobre o estado médico dos pacientes. Ela sugeriu que o poder público viabilizasse a comunicação por tablets entre as pessoas infectadas e seus entes familiares. “Essa é uma solução que tem sido utilizada em outros países. Pode haver doações desses equipamentos por parte da sociedade civil, mas, para isso, é preciso que haja um protocolo. Às vezes, a pessoa morre, é enterrada e nunca mais é vista. A comunicação está muito difícil”.