Comissão de Direitos Humanos discute acessibilidade na Nova Avenida Conde da Boa Vista - Michele Collins

Comissão de Direitos Humanos discute acessibilidade na Nova Avenida Conde da Boa Vista

 

 Na Avenida Conde da Boa Vista passam diariamente mais de 300 mil pessoas. As necessidades das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida na nova estrutura da vida foi tema de debate na Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, nesta segunda-feira (06), na Câmara Municipal do Recife. O colegiado discutiu o tema com a Prefeitura do Recife, Governo do Estado, Conselho Municipal de Defesa do Direito das Pessoas com Deficiência do Recife (Comud) e outras entidades ligadas a área.

Presidida pela vereadora Michele Collins (PP), a Comissão de Direitos Humanos definiu uma série de encaminhamentos para tentar solucionar os problemas e irregularidades relatadas no encontro. “A reunião foi muito proveitosa. Nós vamos fazer uma análise do projeto da Conde da Boa Vista com esse olhar para a acessibilidade com um grupo de trabalho técnico. Depois, vamos até a avenida para observar, in loco, cada um desses pontos com os vereadores da Câmara. Já entramos em contato com o presidente da Emlurb e ele já nos informou que existe possibilidade de ajustes. Eles estão abertos ao diálogo.” Também será apresentado, pela Comissão, um requerimento solicitando que seja enviada o projeto da Avenida Conde da Boa Vista.

Para o integrante do Comud Luiz Albérico Falcão, os aspectos negativos do projeto poderiam ter sido evitados caso a sociedade tivesse sido ouvida. “No projeto, não foi realizada nenhuma comissão para escutar as pessoas com deficiência, idosos, pessoas obesas e com dificuldade de mobilidade que trafegam na Conde da Boa Vista. O projeto foi feito verticalmente, e temos irregularidades em todas as áreas de acessibilidade.”

Dentre os pontos destacados na reunião, estão a implantação de uma travessia em ziguezague – que, segundo ativistas presentes, vai dificultar a passagem de pessoas cegas – e a não elevação ao nível da calçada das faixas de pedestres. A redução de paradas de BRT foi criticada por aumentar a distância percorrida e a velocidade desses veículos na via, o que a tornaria mais perigosa para pedestres. Por fim, a falta de acessibilidade nos pontos em obra também foi alvo de reclamações.

Além de Michele Collins, estiveram presentes na reunião os vereadores Davi Muniz (PATRI) e Ivan Moraes (PSOL), ambos membros da Comissão. Antes do debate, a Comissão discutiu seis projetos que tramitam na Câmara – cinco deles receberam pareceres pela aprovação. Outros três projetos foram distribuídos aos relatores.

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