As agressões teriam começado após ela propor que recursos para políticas voltadas ao público (LGBT) sejam realocadas para ações em outras áreas, como no combate às drogas
Publicado em 28/10/2014, às 18h05
Do JC Online
A sessão na Câmara dos Vereadores do Recife desta terça-feira (28) foi marcada pela denúncia da vereadora Michele Collins (PP) de que ela estaria sofrendo perseguição de internautas nas redes sociais. De acordo com a parlamentar, as ações teriam começado após ela ter proposto o remanejamento de recursos do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA). A progressista pede que recursos para políticas voltadas para o público (LGBT), sejam realocadas para ações em outras áreas, como saúde e educação.
“Fui tachada de tudo que não presta. Fui alvo de agressões verbais por considerar essas áreas mais prioritárias e que em minha avaliação merecem mais investimentos. O segmento LGBT já é contemplado por ações da gestão como a criação do Centro Municipal de Referência em Cidadania LGBT. Também foi lançada a política municipal de atenção integral LGBT este ano”, destacou a parlamentar.
Em defesa da vereadora, o vereador Vicente André Gomes (PSB), enfatizou que cabe à Casa proteger a integridade de todos os parlamentares. Ele pediu que a parlamentar registrasse as provas, para que a Casa encaminhasse a denúncia à Polícia Federal.
“Sou testemunha de seu compromisso com seus eleitores. O segmento que a senhora representa merece respeito. Faltou espírito democrático”, pontuou Vicente.
Na página da vereadora no Facebook, Michele foi alvo de internautas contrários ao seu posicionamento. “Tenha vergonha na cara!”, é frase recorrente nas publicações. Os que se colocaram ao lado da parlamentar, citando trechos da Bíblia que condenam a relação homoafetiva, também foram alvos de comentários críticos.