
” Os mercados públicos, além de centros de compras, são considerados polos gastronômicos e fazem parte do roteiro turístico da cidade. Precisamos que esses prédios tenham manutenção periódica e ofereçam produtos de qualidade, limpos e que o local proporcione segurança a seus clientes”, destacou a progressista.
Durante o encontro, foi apresentado um relatório contendo informações, como contexto histórico, problemas e sugestões sobre 16 mercados e exibido um vídeo com 15 minutos de duração sobre a situação deles. Entre as principais queixas estão a falta de higiene, de iluminação, estacionamento, além da exposição de produtos sem acondicionamento adequado, ausência de segurança, manutenção e de divulgação.
Na opinião do presidente da Associação dos Comerciantes de Mercados Públicos, Feiras Livres e Produtos Artesanais de Pernambuco (AMPAC – PE), Arcilon Amorim, falta uma política pública voltada para a valorização dos mercados públicos. Segundo ele, os mercados fazem parte da história de Pernambuco e ele cobra mais apoio do poder público.
Já o diretor de Mercados e Feiras da Companhia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), Diogo Azevedo, afirmou que foram iniciadas várias ações para melhorias dos mercados, envolvendo, inclusive desapropriações de imóveis para acomodar os comerciantes que trabalham em áreas ao redor desses espaços. “No caso do Mercado de São José, barracas que ocupam as calçadas serão realocadas para prédios que foram desapropriados, melhorando, assim a visibilidade e mobilidade no local. Também estamos dando celeridade às ações nos casos que envolvem a lei que trata do correto acondicionamento dos alimentos”.
A promotora Selma Carneiro, que também integra o Grupo de Trabalho formado pelo Ministério Público Estadual, CSURB, locatários, Câmara Municipal do Recife e Sebrae com o objetivo de melhorar os mercados, sugeriu que fosse elaborado um organograma para definir que locais seriam prioritários para o início das ações. Para Valdenice Ferreira, da Gerência de Comércio do Sebrae, esse trabalho tem que fazer parte da agenda da cidade, para poder funcionar.
O debate teve a participação de locatários dos mercados de São José, Encruzilhada, Beberibe, Boa Vista, Brasília Teimosa, Casa Amarela, Areias e Afogados e da gerente da Vigilância Sanitária da Prefeitura do Recife, Adeilza Ferraz.
A Comissão de Direitos Humanos e a Comissão Especial de Vereadores em Defesa dos Mercados Públicos do Recife são presididas pelos vereadores Aline Mariano (PSDB) e Luiz Eustáquio (PT), respectivamente.
Ascom
Foto: Carlos Lima