Folha de Pernambuco
Vicente André Gomes está hospitalizado com traumatismo craniano
Allan Torres/Arquivo Folha
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o socialista sofreu um Trauma Crânio-Encefálico (TCE) leve, mas foi socorrido consciente e orientado. Até o fechamento da matéria, o estado de saúde era estável, segundo a assessoria da Câmara, contudo, não havia previsão de alta médica. Ainda ontem, ele foi submetido a uma tomografia, além de outros exames. A expectativa, é de que às 10h de hoje o hospital divulgue um boletim médico.
Sem a presença do presidente, a sessão de ontem voltou a ser palco da polêmica de fundo religioso. O vereador Osmar Ricardo (PT) sugeriu a criação de uma nova frente parlamentar, voltada para os assuntos de interesse do público LGBT. O vereador destacou os avanços dos direitos humanos no Brasil e se juntou aos críticos do atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, Marco Feliciano (PSC-SP). “O deputado vem usando do cargo para denegrir vários movimentos”, disparou o petista.
A ideia de reativar a frente, aliada às críticas contra o deputado, embora bem elogiada por colegas como Jayme Asfora (PMDB), Jurandir Liberal (PT) e Henrique Leite (PT), acabou despertando divergências na bancada evangélica. O vereador Carlos Gueiros (PTB) defendeu que todos têm o direito da liberdade de expressão. “Vossa excelência tem o direito de inovar e casar com uma pessoa do mesmo sexo. O que eu estou defendendo é o direito de eu dizer que não concordo com isso”, disparou.
Além dele, a vereadora Michele Collins (PP) questionou a necessidade de criar essa frente, visto que já existe uma comissão de Direitos Humanos na Casa, e aproveitou para defender o deputado. “Direitos humanos não é só isso. Tem muitas outras ações a serem debatidas. Esse assunto já está indo longe demais, e já está na hora de colocar um ponto final e deixar o deputado Marco Feliciano trabalhar”, asseverou. O vereador André Ferreira (PMDB), disse ter votado contra a frente parlamentar por uma questão de princípios. “Eu respeito o movimento, mas não posso concordar. E se alguém não aceita isso, ele sim está sendo intolerante”, declarou.