“O Estado poderia fazer mais no combate às drogas” - Michele Collins

“O Estado poderia fazer mais no combate às drogas”

Blog da Folhafoto: Agnaldo Leonel

Publicado por Gilberto Prazeres, em 8.04.2013 às 20:00.

Michele Collins ressalta que outros governos estaduais conseguem resultados mais expressivos.

Dois dias após participar de reunião com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, sobre o trabalho desenvolvido pelas comunidades terapêuticas na recuperação de usuários de drogas, a vereadora recifense Michele Collins (PP) afirmou que o Estado poderia fazer bem mais pela recuperação dos dependentes. “Há recursos, eles são destinados, mas ainda é preciso fazer diferente. O Estado poderia fazer mais no combate ao crack e às outras drogas”, observou, ao Blog da Folha, a progressista, que é conselheira da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb).

Conforme Michele Collins, os programas nacionais de combate ao crack têm obtido resultados mais expressivos em outros estados, como por exemplo em Minas Gerais. “O governo Federal tem um programa que consegue ter mais resultados em outros lugares. Em Minas, as comunidades terapêuticas têm mais espaço, são chamadas para ajudar e nós vemos um retorno mais eficaz”, comparou.

A progressista frisa que as comunidades terapêuticas, que pregam a recuperação de usuários de drogas com a espiritualidade, acabam sendo discriminadas por conta do preconceito com os evangélicos. “É exatamente isso que ocorre. Há preconceito e não somos chamados para poder ajudar como poderíamos”, ressaltou.

Michele milita há 16 anos no enfrentamento às drogas e foi fundadora da ONG Saravida, entidade que presta assistência à dependentes químicos e familiares. “A droga destrói a família e tudo o que levamos muito tempo para construir, além de tudo mata. Precisamos de polítias públicas permanentes, de investimentos para que possamos viver num País menos violento e em paz”, destacou Michele Collins.

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