Michele, a paladina do combate às drogas. - Michele Collins

Michele, a paladina do combate às drogas.

NOVOS VEREADORES. É com essa disposição que a missionária e vereadora eleita, esposa do deputado-pastor Cleiton Collins, vai reforçar a bancada evangélica da Câmara.

Jornal do Commercio – Política

Carolina Albuquerque
carolinaalb@gmail.com

Seguindo um fenômeno que vem se espalhando por todo o Brasil, a bancada evangélica da Câmara de Vereadores do Recife chegará com mais força em 2013. A estreante missionária Michelle Collins (PP) foi uma das mais votadas (10.589 votos) para ocupar um posto no Legislativo municipal. Para se ter uma ideia do crescimento político da comunidade evangélica, na cidade de São Paulo o número de representantes aumentou de oito para onze. O Recife não ficou atrás. Dobrou o número de representantes, fechando em seis vereadores que levantam bandeiras da pauta evangélica. Casada há 19 anos com o pastor e deputado estadual Cleiton Collins (PSC), Michelle foi “apadrinhada” pelo seu marido ao longo da campanha.

Na câmara, ela pretende ser uma paladina do combate às drogas. Causa à qual vem se dedicando há 15 anos. “Sempre fui muito atuante ao lado do meu esposo. Sempre envolvida com as questões sociais, desde o tempo em que era só missionária. Sou conselheira estadual da política sobre drogas e colaborei com o plano estadual e federal de combate às drogas. Agora é a hora de colocar em prática essas políticas públicas”, afirma. Ela é fundadora da Organização Não-Governamental (ONG) Saravida, criada em 2003 e que oferece atendimento terapêutico aos usuários e dependentes, e do movimento Mães contra o crack. Michelle é natural de Belo Horizonte (MG) e se casou aos 17 anos. Foi dentro de casa, a partir do envolvimento do seu marido com as drogas, que ela desembarcou nessa luta.

A vereadora eleita diz que recebeu vários convites para sair candidata, inclusive do partido do seu marido, o PSC, mas decidiu se filiar ao PP com o apoio do presidente estadual da legenda, deputado federal Eduardo da Fonte (PP). “Eu achei que era a hora e o partido me apoiou bastante. Recebi também o apoio de muitas igrejas, mas não de uma específica. Até porque elas têm vários candidatos evangélicos. Também das próprias famílias das pessoas que se recuperaram”, relata. A missionária da Igreja Assembleia de Deus – Ministério Madureira foi o nome forte da chapa proporcional do PP na eleição.

Apesar de ter sido sua primeira disputa, a missionária encarou menos com surpresa e mais como reconhecimento do seu trabalho a aclamação nas urnas. “Ao longo da campanha dizia que sentia que ia colher muito do que plantei. Tinha perspectiva de ter uma boa colheita”, diz.

Ela argumenta que ainda não é a hora para demarcar se será da oposição ou governista. Porém, adianta que naturalmente irá compor a bancada evangélica no sentido de defender a vida e a família. Esse grupo de vereadores geralmente se envolve em questões polêmicas, como a questão do homossexualidade. “Acredito que a religião não influencia. Essa é uma questão pessoal”, garante. Logo no primeiro ano, Michelle adianta que deve apresentar projetos, mas prefere não detalhar ainda.

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